Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma missão de especialistas da Organização das Nações Unidos (ONU) concluiu a inspeção à carga do navio norte-coreano, retido desde no mês passado no Panamá, após ser descoberto levando a bordo armamentos de Cuba. Porém, o relatório da missão vai ser apresentado à Comissão de Sanções da ONU de forma confidencial.
A expectativa é que um dos resultados da missão determine o destino do armamento, das toneladas de açúcar (sob as quais estava escondido o material bélico) e da tripulação, pois o Panamá não tem relações diplomáticas com a Coreia do Norte. Os peritos levaram quatro dias no trabalho. A inspeção foi feita por especialistas do Conselho de Segurança em coordenação com o Ministério da Segurança Pública do Panamá.
De segunda-feira (12) até ontem (15) a missão inspecionou no Panamá as 240 toneladas de armas – incluindo sistemas de mísseis – que estavam escondidas no navio norte-coreano debaixo de 200 mil sacos de açúcar.
De acordo com as resoluções do Conselho de Segurança, a Coreia do Norte está proibida de importar ou exportar todos os tipos de armamentos. As autoridades do Panamá informaram que os inspetores estrangeiros, enquanto estivessem no país, não teriam contatos com a imprensa.
Os 35 tripulantes norte-coreanos do navio estão detidos na antiga base de Sherman, perto da cidade de Colón, por transporte de armas e sob risco de pena de 12 anos de prisão. O navio norte-coreano foi retido em 10 de julho no Panamá e Cuba. As autoridades cubanas informaram que o armamento transportado era obsoleto e seria reparado na Coreia do Norte.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Talita Cavalcante