Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O governo do Panamá revogou os vistos concedidos a dois diplomatas da Coreia do Norte, que pretendiam ir ao país para acompanhar os desdobramentos do caso envolvendo o navio norte-coreano Chong Chon Gang, impedido de deixar o país por levar um carregamento de armamentos. As autoridades do Panamá disseram que houve "declarações contraproducentes" por parte da Coreia do Norte.
Anteriormente, o Panamá havia concedido vistos a dois diplomatas da Coreia do Norte para irem ao país “dar explicações ou inspecionar”, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Fernando Núñez. O Panamá e a Coreia do Norte não têm relações diretas diplomáticas nem comerciais.
O Ministério das Relações Exteriores de Cuba confirmou que o carregamento de armas, encontrado no navio norte-coreano, vinha de seu país. O carregamento de armas estava sob toneladas de açúcar.
Segundo as autoridades cubanas, os armamentos seguiam para a Coreia do Norte para serem reparadas, pois eram antigas e obsoletas.
O Panamá pediu a inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) que investigassem a carga, que alguns diplomas da ONU disseram que podia constituir uma violação das sanções impostas à Coreia do Norte devido ao seu programa nuclear. A descoberta das armas ocorreu porque policiais do Panamá faziam buscas de drogas na embarcação.
As autoridades do Panamá contaram que o comandante do navio tentou se suicidar, depois da descoberta das armas na embarcação. O governo da Coreia do Norte disse que o capitão e a tripulação foram atacados pelos inspetores do Panamá. Os panamenhos negaram as acusações.
O ministro da Segurança do Panamá, José Raúl Mulino, disse que a carga do navio norte-coreano é ilegal, pois não foi declarada nem registrada, confirmando a ocorrência de contrabando.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa
Edição: Marcos Chagas