Banco do Brasil deve manter foco dos negócios no mercado interno

13/08/2013 - 17h04

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
 

São Paulo – O presidente do Banco do Brasil (BB), Aldemir Bendine, fez hoje (13) uma projeção otimista para a instituição no segundo semestre, mesmo considerando a possibilidade de o crescimento da economia ficar abaixo do esperado. Bendini considerou "um êxito extraordinário” o resultado do lucro líquido do BB no segundo trimestre: R$ 7,5 bilhões, com alta de 148,4% sobre o mesmo período do ano passado, o que, segundo ele, levou ao recorde de R$ 10 bilhões no encerramento do semestre.

Com esse resultado, destacou Bendine, a instituição manteve a liderança do ranking na América Latina em termos de ativos, atingindo R$ 1,21 trilhão no primeiro semestre, com aumento de 15,5% em 12 meses.

Para ele, os bons números foram alcançados em parte graças a uma estratégia de expansão de crédito saudável e à abertura do capital em abril, com a maior oferta pública de ações no país, desde 2009, e do mundo, em 11 anos.

De acordo com Bendine, o banco se manterá focado em operações de crédito, incluindo empréstimos para obras de infraestrutura e financiamentos ao setor agrícola. Ele explicou que a maioria das operações é feita com clientes cujo perfil o banco conhece bem e com os quais mantém uma boa sintonia para evitar riscos, ressaltou. Com essa política, o índice de inadimplência da carteira de crédito atingiu o nível mais baixo dos últimos 11 anos, disse ele.

De acordo com o relatório do banco, para operações vencidas há mais de 90 dias, o índice ficou em 1,87% da carteira de crédito, taxa inferior aos 2% registrados em março deste ano. No caso das pessoas físicas, sem considerar as operações do Banco Votorantim e de carteiras adquiridas, o saldo do carteira de crédito atingiu R$ 125,8 bilhões, no segundo semestre, 5,2% acima dos três primeiros meses do ano e alta de 23,1% em um ano. Do total, 75,2% referem-se às linhas com maior garantia de retorno, como o crédito consignado, o CDC Salário, o financiamento imobiliário e o de veículos. Só o crédito imobiliário teve expansão de 76,3% em 12 meses, com saldo de R$ 17,3 bilhões.

Quanto à intenção de negócios no exterior, Bendine admitiu que há interesse em atuar nos Estados Unidos. Segundo ele, o BB vem acompanhando a retomada do crescimento da economia norte-americana, mas ainda não existem medidas em andamento neste sentido. Em referência à Europa, ele disse que o cenário continua desfavorável, já que alguns países enfrentam uma fase delicada e com taxas de desemprego crescentes.

Edição: Nádia Franco

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