Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os funcionários da Petrobras que trabalham embarcados na Bacia de Campos, no norte fluminense, estão em greve de 24 horas, em função da suspensão do pagamento de repouso semanal remunerado. A empresa diz ter uma liminar para não fazer o pagamento e, até agora, 41 das 46 plataformas aderiram ao movimento e tiveram suas operações paralisadas.
A Petrobras entrou na Justiça para derrubar a ação em que o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) ganhou o direito ao pagamento. O julgamento do mérito está marcado para terça-feira (13). Segundo o diretor de Comunicação do Sindipetro-NF, Marcos Breda, os petroleiros poderão fazer outras paralisações pelo pagamento do repouso remunerado.
“Dia 13 está marcado o julgamento da ação rescisória que a Petrobras entrou para tentar acabar com uma ação de 2005 que nós ganhamos na Justiça, mas a empresa começou a pagar no ano passado e mais de um ano depois cancelou o pagamento. A Petrobras alega que tem uma liminar na Justiça que propícia que ela não pague isso. Só que a nossa interpretação é que a liminar não permite que ela não pague o valor para o pessoal que ela já estava pagando”, explicou.
Breda falou também que o Sindipetro-NF não foi chamado pela Petrobras para negociar. Na próxima segunda-feira (12) haverá um seminário em Macaé com os trabalhadores para buscar alternativas e mobilizar mais funcionários.
“Na última mobilização, a Petrobras chegou a falar que ela estava aberta à negociações, mas não nos chamou para conversar. Na segunda-feira, nós vamos fazer um seminário em Macaé, com os trabalhadores que participaram da greve, com algumas representações dessas 41 plataformas, para a gente discutir alternativas para fazer mobilizações cada vez mais fortes", disse.
Procurada pela Agência Brasil, a Petrobras não se pronunciou, até o fechamento da matéria, sobre a paralisação na Bacia de Campos.
Edição: Fábio Massalli
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil