Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Ente hoje (30) e amanhã (31) médicos participam de atos de mobilização e também paralisam atividades em protesto contra o Programa Mais Médicos. A Federação Nacional dos Médicos (Fenam), entidade que reúne sindicatos da categoria, contabiliza a adesão de cerca de 20 estados e pede que médicos das redes pública e privada participem.
Nos estados com atividades paralisadas ficam suspensos serviços eletivos e mantidos os atendimentos de urgência e emergência. Além do protesto contra o Mais Médicos, os profissionais se posicionam também contra os vetos à lei que regulamenta o exercício da medicina, conhecida como Ato Médico.
Na Bahia, o sindicato informa que os médicos foram chamados a paralisar as atividades, mas ainda não é possível dimensionar a adesão. Para hoje, está programada exposição fotográfica que mostra as condições das unidades de saúde baianas e debate sobre o Programa Mais Médicos.
O sindicato de São Paulo programou paralisação dos residentes para hoje e uma caminhada para amanhã. Em Pernambuco, o sindicato informa que há paralisação das atividades e hoje os profissionais fazem visitas às unidades de saúde para identificar problemas e elaborar relatório com fotos e vídeos para enviar ao ministério público do estado.
No Distrito Federal, os médicos aderem à paralisação hoje a amanhã, de acordo com o sindicato da categoria. Hoje à tarde, eles fazem um ato em frente ao Ministério da Saúde. No Acre, os médicos encerraram uma greve na última semana e hoje fazem mobilização na sede do sindicato.
Estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina optaram por parar o trabalho apenas amanhã, de acordo com os sindicatos. Estados como Piauí e Alagoas decidiram fazer atividades de mobilização e não parar o atendimento.
A Fenam informa que a mobilização desta semana é preparatória para a marcha a Brasília marcada para 8 de agosto, quando ocorrerá uma audiência pública sobre o Mais Médicos no Congresso Nacional. Em 10 de agosto, a categoria fará uma avaliação e, caso os 53 sindicatos médicos que integram a Fenam concluam que não houve avanços, a federação diz que será decretada greve.
No último dia 23 os médicos já haviam paralisado as atividades como parte da agenda de mobilização contra o Programa Mais Médicos e os vetos a lei do Ato Médico.
Edição: José Romildo
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