Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, disse hoje (28) que a presidenta Dilma Rousseff ficou muito satisfeita com o fato de tudo ter dado certo na visita do papa Francisco ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, principalmente o esquema de segurança.
"Ela [Dilma] tinha muito receio com a questão da segurança. Nós passamos um estresse muito grande antes com este estilo do papa de se expor mais – e a gente é responsável pela segurança dele. Então, foi uma sensação muito boa de que tudo deu certo. O povo ajudou muito além das forças de segurança, que trabalharam muito. A gente tem que fazer uma homenagem a esse pessoal", destacou ministro.
Na tarde de segunda-feira (22), dia em que o papa Francisco chegou ao Brasil, o carro que o levou da Base Aérea do Galeão foi cercado pelo público na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio. Por causa do engarrafamento, o carro do papa ficou parado e foi cercado por centenas de pessoas, que queriam cumprimentá-lo.
Carvalho informou que Dilma teve um encontro com o papa, após a Missa de Envio, na Praia de Copacabana. Em uma sala reservada, embaixo do palco montado para a cerimônia, a presidenta agradeceu ao papa pela escolha do Brasil para sede da jornada, pela presença dele no país e pelo tipo de pregação que fez durante o evento, especialmente pelo discurso de sábado (27), no Theatro Municipal.
"Ela [Dilma]fez uma referência, porque, aí, ele [papa Francisco] falou mais para os políticos." Na fala citada por Gilberto Carvalho, o pontífice defendeu o diálogo construtivo, ao se referir às manifestações que ocorrem desde junho no Brasil. Nesse diálogo, ressaltou o papa, é fundamental a contribuição das grandes tradições religiosas. “A coexistência pacífica entre as diferentes religiões se beneficia da laicidade do Estado, que, sem assumir como própria nenhuma posição confessional, respeita e valoriza a presença da dimensão religiosa na sociedade, favorecendo suas expressões mais concretas", acrescentou Francisco.
Ao reforçar a defesa do diálogo, o papa ressaltou a cultura da humanidade social. "O outro sempre tem algo a me dar, quando sabemos nos aproximar dele, com a atitude aberta e disponível, sem preconceitos. Essa atitude, eu a definiria como humildade social, que é a que favorece o diálogo. Ou apostamos na cultura do diálogo ou todos perdemos."
Depois da missa, o secretário-geral da Presidência seguiu para a residência oficial da Arquidiocese do Rio, no Sumaré, para um encontro com o papa. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também foi para o encontro, mas não falou com a imprensa.
Edição: Nádia Franco
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