Após encontro com papa, jovem argentina diz que "missão está cumprida na jornada"

25/07/2013 - 18h34

 

Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Funcionária na Basílica da Virgem de Rosário do Milagre, padroeira de Córdoba, na Argentina, Maria Madalena, integrante do grupo de jovens argentinos que se encontrou hoje (25) com o papa Francisco na Catedral de São Sebastião, contou sobre o contato próximo com o pontífice.“Vimos Francisco, tiramos foto e o tocamos. A missão está cumprida na jornada”, disse, ao lado de mais duas jovens da mesma igreja. Ela acrescentou que na jornada passada, em Madri, não conseguiu chegar muito próximo do papa Bento XVI.

Para conseguir um bom lugar na catedral, Maria Madalena saiu de madrugada da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, onde está hospedada, no bairro Taquara, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio. “Saímos às 3h30 e chegamos aqui, perto das 5h, com muita chuva e muito frio. Nos encontramos com outros argentinos compartilhando, cantando”, relatou.

Já Gabriela Peñaralta disse que é possível cumprir a mensagem do papa. "A mensagem que ele me deixou foi a que é preciso sair para evangelizar”, contou a universitária, que vive em Córdoba e trabalha na Basílica dos Frades Dominicanos.

O bispo Daniel Fernandez, da província de Jujuy, no Norte do país, foi festejado pelos jovens e também participou do encontro com o papa Francisco. Sobre a mensagem do pontífice, como o cuidado com os mais velhos, o bispo acredita que o recado será atendido. “A juventude sabe escutar quando as palavras, que são ditas a ela, são verdadeiras e têm vida, como as do papa”, disse à Agência Brasil.

Na avaliação do presidente da Conferência Episcopal da Argentina e arcebispo de Santa Fé, monsenhor José Maria Arancedo, a sociedade precisa avaliar o tratamento dado à juventude e aos idosos. “A sociedade precisa fazer um exame de consciência e perguntar o que fazemos com os extremos, que são o presente e o futuro. Uma juventude sem trabalho. Tudo isso clama. A maior pobreza para um homem é não poder trabalhar, vai perdendo a sua dignidade e parece que isso não está na agenda política imediata. Está nos discursos, mas não está nos projetos”, defendeu.

 

Edição: Carolina Pimentel

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