Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Polícia Civil do Rio informou, em nota, que integrantes do grupo Black Bloc, que agem de maneira articulada e praticam atos de vandalismo com os rostos cobertos por panos de cor preta, e todos os manifestantes que agem depredando e colocando fogo em caixas coletoras de lixo durante os protestos, estão sendo monitorados e investigados.
Desde o dia 10 de junho, quando começaram as manifestações, 53 pessoas foram presas em flagrante por crimes como furto qualificado, formação de quadrilha e porte de explosivos, sendo 29 liberadas mediante pagamento fiança, e 25 menores foram apreendidos. Agentes da Coordenadoria de Informações e Inteligência Policiais (Cinpol) têm acompanhado os protestos nas ruas, registrando imagens e colhendo informações que ajudem nas investigações.
Além das prisões em flagrante, investigações da 5ª Delegacia Policial, no centro, identificaram em redes sociais e durante os protestos seis pessoas. O grupo foi indiciado por incitação e apologia ao crime, delitos de competência do Juizado Especial Criminal (Jecrim). Todos prestaram depoimento e foram liberados.
A Polícia Civil pediu à Justiça a prisão temporária de oito pessoas envolvidas em atos de violência, mas apenas um foi concedido. Arthur dos Anjos Nunes foi indiciado e teve a prisão decretada por formação de quadrilha e dano ao patrimônio. Ele é considerado foragido.
Durante o protesto dessa quinta-feira (11), na região central da cidade, três pessoas foram presas em flagrante pelos crimes de formação de quadrilha, lesão corporal, desobediência e corrupção de menores. O grupo jogou pedras em policiais militares, ônibus e lojas na Avenida Chile. À tarde, a Justiça concedeu liberdade provisória ao grupo, que vai responder aos crimes em liberdade.
A Polícia Militar informou que empregou 150 policiais para garantir a segurança durante as manifestações das centrais sindicais de ontem (11) na Avenida Rio Branco, no centro. Por volta das 19h30, os organizadores anunciaram o fim da manifestação, que foi pacífica. Nesse momento, vários jovens mascarados, vestidos de preto, começaram a praticar atos de vandalismo.
Lixeiras foram incendiadas, tapumes de lojas foram arrancados e morteiros, pedras e bombas foram arremessados em direção a prédios e pessoas. Houve a intervenção da PM para conter o grupo com a utilização de munição química. Foi necessário também o acionamento do Batalhão de Choque em razão dos violentos atos de vandalismo.
Mais tarde, na segunda manifestação em frente ao Palácio Guanabara, por volta das 20h05, um grupo infiltrado entre os manifestantes arremessou um coquetel molotov em direção ao prédio e morteiros foram arremessados contra a tropa da Polícia Militar, que reagiu com o emprego de armamento não letal. Durante a ação, um policial militar foi ferido na cabeça vítima de uma pedrada. No total, 46 pessoas foram presas, sendo que nove foram autuadas em flagrante.
Edição: Fábio Massalli
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