Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, descartou ontem (8) que o governo dos Estados Unidos analise a hipótese de suspender o programa de apoio ao Egito em decorrência da destituição do então presidente Mouhamed Mursi na semana passada. Desde a deposição de Mursi, as Forças Armadas estão no poder. O presidente interino é Adly Mansour.
Jay Carney evitou qualificar a destituição como golpe de Estado. O governo do Brasil emitiu nota, no último dia 2, informando que “acompanha com preocupação” o episódio no Egito. No texto, o Ministério das Relações Exteriores lembra que o “presidente democraticamente eleito foi destituído”.
"Nós vamos levar o tempo necessário para rever o que aconteceu e acompanhar os esforços por parte das autoridades egípcias no sentido de moldar um sistema inclusivo e democrático", disse a porta-voz.
O Departamento de Estado apelou ao Exército egípcio para exercer a "máxima contenção" ao lidar com os manifestantes, depois de pelo menos 51 pessoas terem sido mortas quando militares dispararam ontem contra simpatizantes de Mursi.
"Condenamos fortemente qualquer tipo de violência, bem como qualquer incitação à violência", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki. "Pedimos aos militares para usar o máximo de contenção ao responder aos manifestantes, assim como pedimos a todos aqueles que estão em manifestação para fazê-la em paz."
*Com informações da agência pública de notícias de Angola, Angop
Edição: Graça Adjuto