Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente interino do Egito, Adly Mansour, criou uma comissão judicial para investigar os incidentes violentos registrados hoje (2), no Cairo, em frente ao Quartel-Geral da Guarda Republicana, que matou pelo menos 42 pessoas e deixou 300 feridas. Os incidentes foram causados por confrontos entre militares, simpatizantes do governo deposto de Mouhamed Mursi e do atual regime.
Mansour pediu que a comissão judicial anuncie publicamente os resultados da sua investigação. Em nota oficial, o governo expressou “profunda tristeza” pelas mortes de civis nos incidentes que, segundo fontes oficiais, ocorreram após uma tentativa de invasão do Quartel-General da Guarda Republicana.
Em comunicado, a Presidência da República do Egito apelou aos manifestantes para que fiquem longe das instalações militares do país, ressaltando que a segurança nacional deve ser prioridade. O comunicado ressaltou que o ato de manifestar de forma pacífica é um direito de todos os cidadãos sob a proteção dos órgãos do Estado.
O Exército egípcio informou que os confrontos ocorreram quando um grupo armado tentou entrar no edifício da Guarda Republicana, no Cairo. Mas a versão é contestada pela Irmandade Muçulmana, que apoia Mursi, e assegura que houve "um massacre" pelas Forças Armadas.
A Irmandade Muçulmana apresentou hoje, em entrevista coletiva, vídeos e cartuchos de bala para provar que os militantes do movimento foram vítimas de disparos do Exército egípcio durante os incidentes ocorridos no Cairo.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Talita Cavalcante