IBGE informa que houve queda na atividade industrial em maio

02/07/2013 - 10h43

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A redução no ritmo da atividade industrial em maio (-2,0%) foi generalizada, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e atingiu 20 dos 27 ramos industriais e todas as quatro categorias de uso.

A pesquisa Industrial Mensal revela também que após avanço de 2,6% acumulados nos meses de março e abril, o resultado de maio caiu mais que em fevereiro passado (-2,3%) e o total da indústria ficou 3,8% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. 

As principais influências negativas vieram dos ramos alimentos (-4,4%), após aumento produtivo de 4,3% em abril, máquinas e equipamentos (-5,0%), com primeira taxa negativa desde dezembro passado, e veículos automotores (-2,9%), fato que interrompeu dois meses de expansão na produção.

Outras contribuições negativas relevantes sobre o total da indústria vieram de perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-8,2%), mobiliário (-11,4%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-9,0%), produtos de metal (-4,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,5%), minerais não-metálicos (-2,3%), outros equipamentos de transporte(-3,1%) e calçados e artigos de couro (-7,3%).

Ainda segundo o IBGE, entre as seis atividades que ampliaram a produção, as influências mais relevantes para a média global vieram das atividades: bebidas (4,8%), que recuperou parte da perda de 5,9% de abril, refino de petróleo e produção de álcool (1,6%) e metalurgia básica (1,1%).

Na comparação com maio de 2012, o setor industrial cresceu 1,4% em maio de 2013, com apenas 12 das 27 atividades investigadas apontando expansão na produção. O ramo de veículos automotores, que avançou 11,7%, exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria, impulsionado pelo crescimento na produção de aproximadamente 70% dos produtos investigados no setor, com destaque para a maior fabricação de caminhão-trator para reboques e semirreboques, automóveis, caminhões e veículos para transporte de mercadorias.

Também contribuíram para o bom desempenho da média global os setores refino de petróleo e produção de álcool (12,5%) e de máquinas e equipamentos (7,5%), influenciados, sobretudo, pelo aumento na produção de gasolina automotiva, álcool etílico, óleo diesel e outros óleos combustíveis, no primeiro ramo, e de máquinas para o setor de celulose, rolamentos de esferas para equipamentos industriais, fornos de micro-ondas, aparelhos de ar-condicionado, empilhadeiras propulsoras, motoniveladores, máquinas para colheita e tratores agrícolas, no segundo.

Entre as 15 atividades que reduziram a produção na comparação anual, os principais impactos foram observados em indústrias extrativas (-9,1%), produtos de metal (-9,1%), edição, impressão e reprodução de gravações (-5,4%), farmacêutica (-4,3%) e produtos têxteis (-4,5%) pressionados, principalmente, pelos itens minérios de ferro e óleos brutos de petróleo; partes e peças de caldeiras geradoras de vapor; revistas, jornais e cadernos; medicamentos; e tecidos de malha de algodão e de filamentos sintéticos, respectivamente.

No índice acumulado para os cinco primeiros meses de 2013, o setor industrial mostrou crescimento de 1,7%, com taxas positivas em três das quatro categorias de uso, 12 dos 27 ramos, 45 dos 76 subsetores e 49,8% dos 755 produtos investigados. As atividades de veículos automotores, que avançou 14,3%, continuou sendo a maior influência positiva na formação da média da indústria, impulsionado, em grande parte, pelo crescimento na produção na maioria dos produtos pesquisados no setor (aproximadamente 75%), com destaque para a maior fabricação de caminhão-trator para reboques e semirreboques, automóveis, caminhões e veículos para transporte de mercadorias.

Por outro lado, os ramos que reduziram a produção, os principais impactos foram registrados nas atividades indústrias extrativas (-7,2%), edição, impressão e reprodução de gravações (-9,1%), metalurgia básica (-4,8%), farmacêutica (-3,9%) e produtos têxteis (-4,6%).

 

Edição: José Romildo
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