Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O técnico da Seleção Brasileira de Futebol, Luiz Felipe Scolari, agradeceu hoje (30) o apoio da torcida brasileira durante os jogos da Copa das Confederações e ressaltou que o time representou o país com dignidade. Durante entrevista coletiva após a vitória sobre a Espanha, Felipão esbanjou bom-humor, mas disse que ainda há um longo caminho a ser percorrido até a Copa do Mundo do próximo ano. Ele falou ao lado de Neymar, escolhido o melhor da competição.
“Não posso me sentir melhor. Qualquer resultado positivo já seria maravilhoso: 3 a 0, melhor ainda. Mas também a apresentação, no sentido global, não apenas dos gols, foi importante para que a gente pelo menos sonhe com um caminho, sonhe com uma ideia de que a gente tem um time para jogar a próxima Copa do Mundo em igualdade com todos os que foram campeões.”
Felipão ressaltou o apoio da torcida, que ele considerou fator fundamental para o sucesso da equipe. “Nós tínhamos, além da qualidade de nossos jogadores, aquilo que foi a tônica desta Copa das Confederações, o torcedor, o povo junto conosco. E isto é importante que continue, esta união, este espírito. Nós queremos agradecer à população, ao nosso torcedor, por tudo aquilo que fez. Era importante que ele nos apoiasse, porque nós não somos ainda uma equipe completa. Sabemos que temos um bom grupo, um bom time. Mas ainda temos que provar muita coisa.”
O técnico evitou se aprofundar em perguntas feitas com referência aos protestos que ocorreram do lado de fora do estádio, mas ressaltou que a seleção cumpriu com sua parte. “Me senti feliz pelo resultado. Nossa equipe hoje representou os anseios do povo brasileiro, em tudo. Hoje representamos o Brasil dignamente e é isto que nós queremos: representá-lo dignamente, dentro da nossa área. Em outras áreas, nós não podemos opinar.”
Apesar do resultado incontestável, Felipão deixou claro que o time que disputará o mundial do próximo ano ainda não está totalmente definido e destacou que outros jogadores podem ser chamados, em referência à pergunta da imprensa sobre Ronaldinho Gaúcho e Kaká: “A gente não promete que seja esse grupo no mundial. Eles sabem disso. A porta [da seleção] nunca está estreita. Ela sempre está aberta para grandes jogadores.”
Edição: Aécio Amado
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