Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Para oferecer serviços eficientes de telecomunicações na Copa do Mundo de Futebol de 2014 e evitar transtornos, o secretário executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, cobrou hoje (28) que a Federação Internacional de Futebol (Fifa) faça solicitações com mais antecedência.
Alvarez contou que, após o jogo do Brasil com o Uruguai, em Belo Horizonte, na quarta-feira (26), a Fifa fez elogios à infraestrutura. O governo, no entanto, reclamou que os pedidos chegam em cima da hora, principalmente para instalação de rede em pontos de venda de ingressos e de treinamento das equipes.
"A Fifa foi bastante positiva, nós é que fizemos uma avaliação crítica de algumas necessidades, como de tempo que a Fifa nos deu", declarou. "Essas informações, muitas vezes, surgiram de última hora e preparar a rede extraordinária para aquele shopping ou estacionamento foi um problema", revelou o secretário.
O presidente da Telebras, Caio Bonilha, também lembrou a dificuldade para instalação da rede de fibras óticas, por causa do atraso nas obras dos estádios e da falta de cuidado com os cabos.
"Em Recife, contabilizamos 11 rompimentos de nossos cabos. Eventualmente, a empresa de jardinagem no estádio não estava informada de que, naquela região, a rede, por uma questão geológica, estava a 50 centímetros do solo",
Apesar do bom desempenho dos serviços de telecomunicações, o secretário executivo não garantiu qualidade total para a final da Copa das Confederações, no domingo (30), no Maracanã. Alvarez evitou se comprometer, porque, segundo ele, a rede para troca de dados e voz não depende apenas do governo.
"Estatisticamente, ninguém trabalha com 100%. Mas, além da estatística, os serviços de telecomunicações são de responsabilidade da União, mas prestados por operadoras comerciais privadas, não do Estado", reforçou.
Para a realização da Copa do Mundo no Brasil, o governo deu à Fifa garantia da prestação de serviços de telecomunicações que devem custar cerca de R$ 200 milhões. Até agora, em seis cidades, foram gastos R$ 90 milhões.
Edição: Davi Oliveira
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