Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Cerca de 200 pessoas estão reunidas na região da Igreja da Candelária, no centro do Rio, para a Marcha pelo Dia 28 de Junho: Dia Mundial do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). O lema deste ano é “Homofobia até quando”?
Com cartazes, carro de som e muita alegria, a marcha vai seguir pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia, protestando contra o crescente aumento da violência contra homossexuais registrado no estado. Os manifestantes pedem a aprovação dos projetos de lei que criminaliza a homofobia e pune estabelecimentos e agentes públicos que façam discriminação em razão da orientação sexual e identidade de gênero.
O Dia Mundial do Orgulho LGBT relembra a Rebelião de Stonewall, ocorrida em 1969, quando os frequentadores do bar gay Stonewall, na cidade de Nova York, se revoltaram contra as frequentes batidas policiais injustificadas que ocorriam no local. O tumulto durou três dias e marcou o início da luta pela liberdade de direitos e o orgulho de assumir publicamente a orientação sexual.
Em comemoração ao dia 28 de junho, o governo lançou ontem (27) o Sistema Nacional de Promoção de Direitos e Enfrentamento à Violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (Sistema Nacional LGBT). Segundo relatório divulgado pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, no ano passado foram registradas 3.084 denúncias de violência contra homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais; e mais de 9,9 mil violações de direitos relacionados à população LGBT. A estatística envolve 4,8 mil vítimas e 4,7 mil acusados.
Edição: Fábio Massalli
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