Daniel Mello
Repórteres da Agência Brasil
São Paulo – A manifestação convocada pelo Movimento Passe Livre (MPL), em São Paulo, já ocupa duas faixas da Avenida Paulista. Os ativistas se concentram entre a Praça do Ciclista e a Rua Haddock Lobo. Além do MPL, estão presentes militantes do PSTU, PT e PSOL e defensores da causa gay. O policiamento na região é mínimo. Todo o comércio local está fechado.
Segundo o Movimento Passe Livre (MPL), o protesto marcado para hoje (20) é para comemorar a revogação do aumento nas tarifas do transporte público na capital paulista e lembrar das pessoas que estão presas ou sob processo criminal devido às manifestações.
“Segunda-feira [24], todo paulistano vai pagar mais barato no metrô, trem e ônibus. Só que muita gente se feriu e muita gente está respondendo processo ou segue detida por isso. Então, eu acho que a população deve se sensibilizar e a gente deve continuar na rua para que todos os processos sejam retirados. Essas pessoas não devem responder processo por uma vitória popular”, disse Mayara Vivian, militante do MPL.
Desde a manifestação de terça-feira (18), quando 29 pontos comerciais, entre lojas e bancos, sofreram depredações e até saques, continuam presas 30 pessoas, sob acusações diversas, como furto qualificado e formação de quadrilha. “A gente está trabalhando com um grupo de advogados apoiadores e a defensoria pública para tentar arquivar ou retirar todas as acusações”, declarou Douglas Belome, militante do MPL.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o governador do estado, Geraldo Alckmin, anunciaram ontem (19) a revogação do aumento das tarifas do transporte público. Com isso, o valor passa de R$ 3,20 para R$ 3. A decisão vale para ônibus que circulam dentro do município, trens e metrô.
Edição: Aécio Amado
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil