Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Em nota, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) condenou o ato de violência contra um repórter da Agência Brasil enquanto fazia a cobertura da manifestação em Niterói.
O repórter da Agência Brasil, Vladimir Platonow, foi agredido na noite de quarta-feira (19), por seguranças do Terminal Rodoviário Presidente João Goulart, no centro de Niterói, na região metropolitana do Rio. Ele registrava, com uma câmera, a correria de manifestantes, que tentavam fugir de perseguições policiais no local. Vladimir contou que foi agredido com socos e chutes, mesmo após ter se identificado como jornalista e informar que estava cobrindo a manifestação.
"A EBC defende que seus profissionais devem ser respeitados e jamais impedidos do livre exercício do jornalismo", diz a nota da empresa.
A manifestação em Niterói reuniu cerca de 5 mil pessoas, de acordo com os cálculos da empresa Niterói Transporte e Trânsito (Nittrans). Os manifestantes se reuniram na Praça Arariboia e seguiram em passeata pacífica até a Câmara Municipal, usando as avenidas Visconde de Rio Branco e Ernani Amaral Peixoto.
A calmaria terminou quando um grupo de manifestantes se deslocou para a Rua Marques de Paraná. Eles entraram em conflito com policiais do Batalhão de Choque quando tentavam ter acesso à Ponte Rio-Niterói. A Polícia Rodoviária Federal chegou a interromper o trânsito na ponte, próximo à praça do pedágio, e abriu um desvio para que os motoristas pudessem se dirigir ao Rio de Janeiro. Alguns passageiros de ônibus resolveram seguir a pé até Niterói.
Vladimir Platonow foi medicado e passa bem. Hoje (20), o repórter registrou queixa contra os agressores na 25ª Delegacia de Polícia, bairro do Rocha, na zona norte do Rio. Ele fez também exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal. O laudo será encaminhado à delegacia.
A assessoria de imprensa do Consórcio Teroni, que administra o terminal, informou que as fotos feitas pelo repórter registrando os agressores foram analisadas e negou que eles sejam funcionários da concessionária. Disse ainda que o consórcio é contra atitudes violentas. Na nota, a assessoria afirmou que não contrata policiais militares para prestação de serviço e que os seus seguranças “não trabalham armados, não usam cassetetes e nem qualquer tipo de arma”.
O consórcio lamentou atos isolados de vandalismo praticados por pequenos grupos e a violência contra o jornalista Vladimir Platonow. Na nota, o consórcio apoia protestos pacíficos e repudia qualquer tipo de ato violento.
Edição: Carolina Pimentel
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Repórter da Agência Brasil é agredido em protesto em Niterói