Pedro Peduzzi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), entregue em abril ao governo do Distrito Federal (GDF), previa a possibilidade de haver manifestações, em Brasília, durante a Copa das Confederações, promovidas por “grupos de pressão”.
Hoje (14), uma manifestação chamada Copa pra Quem? resultou na queima de pneus no Eixo Monumental, a poucos metros do Estádio Nacional Mané Garrincha. Dois grupos organizaram o ato, a Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop) e a Resistência Urbana – Frente Nacional de Movimentos do Comitê da Copa.
Em outro relatório, ao qual a Agência Brasil teve acesso, a Abin considerava como principais fontes de ameaça em Brasília a criminalidade comum, falhas técnicas, incidentes de trânsito ou entre torcedores, além de ações planejadas por grupos de pressão.
De todas as ameaças, as relativas a grupos extremistas e incidentes de trânsito são as que representam menor risco de ocorrer. Segundo o relatório, 77% dos locais vistoriados os riscos foram classificados como baixos ou muito baixos; 19% como médios e 4% como risco alto. Não foram identificados riscos muito altos.
Durante o jogo de abertura, amanhã (15), a região próxima ao estádio terá 5 mil profissionais de segurança, auxiliados por dois helicópteros, 780 viaturas, serviços de inteligência e dos centros de monitoramento remoto. Além disso, o espaço aéreo será monitorado, órgãos do Poder Judiciário estarão instalados em esquema de plantão para encaminhar eventuais conflitos. Os estrangeiros poderão contar com a ajuda de policiais bilíngues.
*Colaborou Camila Maciel
Edição: Beto Coura
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