Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Os últimos dias para a retirada de ingressos para a Copa das Confederações estão sendo marcados por filas e muitas reclamações dos torcedores. Em um dos principais pontos, montado em um hotel no centro da cidade, desde as primeiras horas da manhã já havia pessoas aguardando a abertura dos guichês, que funcionam das 10h às 19h30.
No meio da tarde, a espera mínima chegava a uma hora e meia para quem já havia agendado pela internet, por meio do site da Federação Internacional de Futebol (Fifa). Dentro do hotel, havia quatro guichês funcionando.
O estudante universitário Gabriel Buchman estava irritado com o tempo gasto na fila. “Eu já estou há uma hora esperando. A fila faz duas voltas e não anda quase nada. Estou indignado. É uma falta de respeito com o brasileiro”, reclamou Buchman, que comprou ingresso para ver a partida entre Espanha e Taiti.
Quem estava no meio do expediente e ainda precisava retornar ao trabalho demonstrava preocupação, como o advogado Felipe Ferreira: “Tive que pedir para o chefe e ele me deu só cinco minutos. Tomara que ele não me mande embora”.
Situação pior viveu quem não havia agendado a retirada pela internet, pois somente poderá pegar o ingresso no centro montado pela Fifa na Barra da Tijuca. “Não consegui agendar pelo site, está uma dificuldade tremenda. Não achei informações de como agendar. Desisti e vim pessoalmente tentar retirar, mas me disseram que só posso pegar o bilhete lá na Barra. Vou perder quase um dia de trabalho para tentar resgatar o ingresso”, reclamou André Spengler, que trabalha com manutenção predial.
Alguns protestavam pela demora e faziam previsões negativas para o próximo ano, quando haverá a Copa do Mundo, como o torcedor Claudio Henriques, que trabalha com telecomunicações: “Quem fez isso foi muito incompetente. Para a Copa do Mundo, eles vão conseguir bater mais um recorde. O recorde das filas”.
A Fifa já havia alertado os torcedores para não deixarem a retirada dos ingressos para a última hora. Além do hotel no centro do Rio, também há postos no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão – Antônio Carlos Jobim e na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca.
Edição: Davi Oliveira
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