Prefeitura do Rio lança programa para conservação do patrimônio cultural

06/06/2013 - 18h24

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A prefeitura do Rio de Janeiro, por meio do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, lançou hoje (6) um programa, que pretende apoiar iniciativas voltadas à preservação do patrimônio cultural da cidade. O Rio foi eleito, no ano passado, patrimônio mundial da humanidade como paisagem cultural e urbana, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O programa é dividido em dois editais, com foco na conservação do patrimônio nas regiões central e portuária do município. Ele envolve projetos culturais nas frentes de restauração de imóveis privados tombados ou preservados e ocupação criativa. O investimento previsto pela prefeitura atinge R$ 8 milhões, sendo metade para cada região da cidade.

O presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, Washington Fajardo, destacou que a preservação da identidade e da memória de uma cidade “está diretamente relacionada à conservação de seu patrimônio cultural”.

Para a diretora cultural do Instituto dos Arquitetos do Brasil – Departamento do Rio de Janeiro (IAB-RJ), Cêça Guimaraens, trata-se de um programa interessante, porque vai ser implementado por meio de empresas de engenharia, organizações não governamentais, escritórios de arquitetura, entre outros, com aprovação dos proprietários dos imóveis. Destacou, porém, a necessidade de que haja um acompanhamento da aplicação dos recursos e das técnicas utilizadas.

“Porque a prefeitura tem que ter equipes bem preparadas para avaliar e aprovar os projetos, de modo que as verbas tenham uma aplicação prática produtiva, disse. Os recursos disponibilizados só poderão ser utilizados em obras que envolvam a restauração de cobertura, fachadas, estruturas dos imóveis, instalações prediais básicas, entre as quais hidrossanitárias, gás, elétrica e de incêndio, além de obras de acessibilidade.

A diretora do IAB-RJ reiterou que a prefeitura está de parabéns por lançar o programa. “Quero vê-lo em prática, porque vai abrir frente de trabalho para muita gente, em especial para pessoas que estão estudando ou se especializando em obras patrimoniais”.

O edital para a ocupação cultural-criativa dos imóveis de propriedade da prefeitura tem por objetivo eliminar riscos e dar ocupação imediata para espaços vazios ou em mau estado de conservação, de modo a promover a revitalização urbana.

A ideia é que os espaços sejam ocupados por soluções da indústria criativa, disse Fajardo. A prioridade de ocupação será para empresas de artes visuais, filme e video; expressão cultural, arquitetura, moda e artes cênicas; música, televisão e rádio; software (programas de computador) e computação, design e publicidade.

 

Edição: Beto Coura
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