Comissão de direitos humanos da OEA conclui hoje eleição disputada pelo brasileiro Paulo Vannuchi

06/06/2013 - 8h55

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), conclui hoje (6) a eleição para as três vagas no órgão. O ex-ministro Paulo Vannuchi, de 63 anos, está na disputa com mais cinco candidatos: James Cavallaro (Estados Unidos), Erick Roberts Garcés (Equador), Javier de Balaúnde López de Romaña (Peru). Tentam a reeleição José de Jesús Orozco Henríquez (México) e o atual presidente da comissão, Rodrigo Escobar Gil (Colômbia).

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos é formada por sete membros e é uma das entidades do sistema interamericano de proteção e promoção dos direitos humanos nas Américas. Apenas três vagas serão renovadas no processo eleitoral que começou há três dias.

Os sete membros cumprem mandato de quatro anos, com direito a uma reeleição. Pertencem à OEA 23 países e todos têm direito a voto. Cada país vota em três candidatos e o voto é direto e secreto. No final da votação, os três candidatos com maior número de votos são eleitos.

Pelos termos da Convenção Americana sobre Direitos Humanos e do Estatuto da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, os comissários são eleitos em nome próprio e são independentes e autônomos no exercício de suas funções. Na prática, significa que Vannuchi não exercerá suas funções de comissário como representante do Brasil.

Na tentativa de evitar dúvidas sobre as avaliações e conclusões da comissão, os comissários não julgam os casos referentes aos seus países. Portanto, se houver uma situação envolvendo o Brasil, Vannuchi, se eleito, não analisará o processo.

Os ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores) e Maria do Rosário (Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República) estão em Antígua, na Guatemala, para a 43ª Assembleia Geral da OEA em campanha para Vannuchi, que é cientista social, consultor político e foi ministro da Secretaria de Direitos Humanos de 2005 a 2010. Atualmente, ele é diretor do Instituto Lula.

Edição: Denise Griesinger

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