Mortes por H1N1 em São Paulo podem estar relacionadas ao uso tardio de Tamiflu, diz Padilha

23/05/2013 - 21h13

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – As 55 mortes registradas no estado de São Paulo de pessoas infectadas pelo vírus Influenza A (H1N1) podem estar relacionadas a doenças preexistentes ou ao uso tardio do antiviral fosfato de oseltamivir (Tamiflu).

“A suspeita do ministério, que está investigando junto com o governo do estado, é que pode ter acontecido aqui em São Paulo a mesma coisa que aconteceu no Rio Grande do Sul no ano passado: o principal fator de evolução para o caso grave ou óbito foi ou presença de outras doenças nos pacientes, ou o uso tardio do Tamiflu”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, após participar do Congresso Internacional de Serviços em Saúde, na capital paulista.

Até 12 de maio, foram registrados 388 casos da doença em todo país, com 61 mortes. Destas, 55 foram no estado de São Paulo. O número representa 90% das mortes envolvendo o vírus Influenza A (H1N1) registradas no país. “Há garantia da distribuição do Tamiflu, que é distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde, e há unidades suficientes. A recomendação é que o Tamiflu tem de estar presente em todos os serviços de saúde”, ressaltou o ministro.

O ministério orienta que os médicos receitem o Tamiflu nas primeiras 48 horas após o surgimento dos sintomas, sem aguardar resultados de laboratório ou sinais de agravamento nos pacientes que integrem o grupo de risco e que apresentem sintomas de Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), como crianças até 2 anos de idade, gestantes, puérperas (parturientes), indígenas que moram em aldeias, idosos, obesos e doentes crônicos.

 

Edição: Aécio Amado

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil