Médicos preenchem 29% das vagas oferecidas pelo Provab

23/05/2013 - 17h40

Aline Leal
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Dos 13 mil médicos solicitados por prefeituras para atuar em áreas carentes, pelo Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab), 4.392 se inscreveram, e 3.800 assinaram contrato. O número equivale a 29% das vagas abertas. Dos 2.856 municípios inscritos no programa, 1.291 receberam médicos do programa.

O Ministério da Saúde informa que o país necessita de 54 mil graduados em medicina para preencher os cargos criados entre 2003 e 2011. Nesse período surgiram 147 mil vagas para 93 mil profissionais. No Brasil, há 1,8 médicos para cada mil habitantes, índice inferior ao da vizinha Argentina, que tem 3,2, e do México, com 2.

Para igualar-se à Inglaterra, país que inspirou o Sistema Único de Saúde e que o Ministério da Saúde cita como exemplo, o Brasil precisaria de mais 164 mil médicos. No país europeu a relação é 2,7 médicos para cada grupo de mil habitantes.

O Provab é uma tentativa de levar médicos para as áreas carentes do país. O Ministério da Saúde divulgou hoje (23) que 821 profissionais estão atuando pelo programa em 333 municípios dos quatro estados da Região Sudeste – contingente que atende a 32% da demanda das secretarias de saúde, de 2.519 médicos.

Neste edição do Provab, a região que contou com maior número de médicos e municípios participantes foi a Nordeste, que está com 2.241 profissionais em 645 cidades. O Centro-Oeste está com 227 médicos contratados para 91 cidades. A Região Norte tem 199 profissionais em 86 municípios.

Minas Gerais é o estado do Sudeste com maior número de participantes: são 398 profissionais em 182 municípios. Em São Paulo, são 186 médicos em 91 municípios; no Rio de Janeiro, 148 profissionais em 32 cidades. A região Nordeste foi a que contou com o maior número de médicos e municípios participantes. Ao todo, são 2.241 profissionais em 645 cidades. Na Região Sul, 152 municípios receberam 312 médicos.

Dos 3.800 médicos que aderiram ao Provab, cerca de 20% estão em municípios com população rural e pobreza elevada. As periferias dos grandes centros também receberam 20% dos profissionais.

 

Edição: Beto Coura

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