Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Nem mesmo a nomeação do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, para a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, que tem status de ministério, convenceu o PSD a integrar a base do governo no Congresso Nacional. Após reunir a bancada, o líder do partido na Câmara, deputado Eduardo Sciarra (PR), disse que por unanimidade os deputados decidiram não integrar a base do governo.
“Está definido. Vamos nos manter independentes na nossa atuação no Congresso nesta gestão [legislatura]. Esta independência faz com que a gente venha a público dizer que nós temos um grande apreço pelo nosso correligionário Guilherme Afif Domingos, que é um homem público de extrema competência e qualidade dentro daquilo que foi sempre sua marca em defesa do pequeno e micro empresário. É um a pessoa que honra muito nosso partido. Entendemos que o convite foi feito a ele", disse Sciarra.
Segundo o líder, o PSD tem reafirmado que não quer qualquer cargo no governo federal até o final desta legislatura e que a decisão de Afif de aceitar o convite da presidenta Dilma Rousseff é pessoal e não partidária. “A decisão pessoal do Afif pode contribuir muito para o país pela competência que ele representa, porém não vai fazer com que mude a nossa posição no Congresso, até porque nós nunca pleiteamos cargos e não queremos compor a base do governo até o final desta legislatura”.
Ao fim da entrevista, Eduardo Sciarra leu a nota oficial do partido sobre a nomeação de Afif Domingos. "A bancada federal do PSD na Câmara reconhece, no correligionário Guilherme Afif Domingos, as excepcionais qualidades intelectuais e os relevantes serviços prestados ao país, sempre embasados em elevado espírito público. Ressalta que essa é uma decisão pessoal de Afif Domingos em aceitar o convite para ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa. Reafirma ainda, sua posição de independência na atuação na Câmara dos Deputados", diz a nota do PSD.
Edição: Aécio Amado
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