Sabrina Craide e Vinícius Lisboa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Começou hoje (27) o treinamento presencial dos voluntários que irão trabalhar durante a Copa das Confederações, que ocorre em junho. No curso, eles vão participar de oficinas e receber instruções sobre história e cultura das sedes do evento, hospitalidade, acolhimento, segurança e primeiros socorros.
O treinamento acontece nas seis cidades que sediarão o evento: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. Depois da capacitação, os voluntários terão o papel de auxiliar o público local e internacional em áreas de fluxo como aeroportos, pontos turísticos e arredores dos estádios. O treinamento ainda prevê mais dois fins de semanas de capacitação.
O programa Brasil Voluntário, coordenado pelo Ministério do Esporte, selecionou 7 mil pessoas para a segunda etapa de capacitação, depois de passarem pelo treinamento virtual, finalizado no último dia 19. As atividades serão certificadas pela Universidade de Brasília (UnB), responsável pelo conteúdo didático.
Após a Copa das Confederações, o Brasil Voluntário reabrirá o cadastro para a Copa do Mundo de 2014. A expectativa é selecionar e treinar cerca de 50 mil voluntários para as 12 cidades que serão sedes do evento no ano que vem.
Os inscritos do Rio de Janeiro e de Fortaleza começam os estudos pela parte de hospitalidade, com a orientação de profissionais do teatro para incentivar o trabalho em grupo, a capacidade de ambientação e a postura. Em Brasília e no Recife, o Corpo de Bombeiros ensinará noções de primeiros socorros, combate a incêndios e controle de pânico. Em Salvador e Belo Horizonte o curso focará, em um primeiro momento, a história e a cultura das cidades-sede, com jogos comandados por professores de educação física. Nos próximos dois fins de semana, as cidades trocarão de tema, com o apoio local dos bombeiros e das universidade federais, até que todo o conteúdo seja ministrado nas seis capitais.
A professora decana da Universidade de Brasília, Thérèse Hofmann, que coordena a capacitação ao lado do Instituto Brasileiro de Informação de Ciência e Tecnologia (IBCIT), diz que a participação da academia no programa tem o objetivo de produzir conhecimento sobre o trabalho voluntário no Brasil. "A nossa proposta é fazer uma avaliação geral para os próximos eventos, mostrando o que funcionou, o que deve ser melhorado. Esse é o papel da universidade. É uma parceria de pesquisa para ajudar a fomentar uma cultura de voluntariado no Brasil. É uma cultura que não temos. Estamos estudando parcerias para fomentar o voluntariado permanente em aeroportos, por exemplo, o que é comum no mundo inteiro", diz Thérèse, que classifica o perfil dos voluntários como diverso, com a presença de estudantes, profissionais formados, voluntários de outras áreas e aposentados.
Edição: José Romildo // matéria atualizada às 16h15
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