Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Um dos acusados do assassinato da juíza Patrícia Acioli, o policial militar (PM) Carlos Adílio Maciel Santos será julgado na próxima terça-feira (16) no 3º Tribunal do Júri de Niterói, na região metropolitana da capital fluminense. O réu responde pelo crime de homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha armada. Durante o julgamento, estão previstos depoimentos de oito testemunhas.
Adílio é um dos 11 policiais militares acusados de envolvimento na morte da magistrada. O policial estava preso quando o crime ocorreu, em agosto de 2011. Carlos Adílio responde na Auditoria de Justiça Militar pelo desvio de munições do 7º Batalhão da Polícia Militar, no bairro de Alcântara, em São Gonçalo, também na região metropolitana.
Em janeiro deste ano, a Justiça do Rio condenou três policiais por participação no crime, também por homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha. Eles receberam penas distintas, todas em regime de reclusão inicialmente fechado. O cabo Jefferson de Araújo Miranda foi condenado a maior pena, 26 anos de prisão. O cabo Jovanis Falcão foi condenado a 25 anos e seis meses, e o soldado Junior Cezar de Medeiros, a 22 anos e seis meses.
Em dezembro de 2011, ocorreu o julgamento do primeiro réu, o cabo da PM Sérgio Costa Junior, um dos executores do crime. Costa Junior decidiu colaborar com as investigações, e obteve o beneficio da delação premiada. Ele teve a pena reduzida em 15 anos, e foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado.
Carlos Adílio, os quatro já condenados e os seis policiais também acusados de participação aguardam decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre recurso em relação ao julgamento. Entre os apontados como mentores do crime estão: o ex-comandante do Batalhão de Polícia Militar de São Gonçalo, o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva, e o tenente Daniel Santos Benitez Lopes.
Patrícia Acioli era responsável pelo Tribunal do Júri de São Gonçalo. Ela foi executada com 21 tiros na porta de casa em um condomínio em Piratininga, na região oceânica de Niterói, quando voltava do Fórum de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. A juíza tinha 47 anos de idade e era conhecida por atuar no combate a crimes cometidos por milicianos e policiais.
Edição: Carolina Pimentel
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