Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Apesar da garoa, centenas de pessoas participaram na manhã de hoje (14) de uma corrida contra o preconceito. Vestidos com camisas com as cores do arco-íris, os participantes percorreram percurso de 5 quilômetros, passando por várias ruas do centro da capital. A largada teve início por volta das 8h na Rua Líbero Badaró, próximo à sede da prefeitura e do Mosteiro de São Bento. Segundo os organizadores, 2 mil pessoas se inscreveram para participar da prova.
A 1ª Corrida contra o Preconceito foi organizada pela Coordenação de Programas para a Juventude, da Secretaria Estadual de Esporte, Lazer e Juventude de São Paulo. “Essa é a primeira corrida contra o preconceito. É a união do Poder Público com a sociedade civil mostrando que todos são iguais, independentemente de suas diferenças”, disse Janaina Lima, coordenadora da Juventude.
Segundo ela, a ideia da corrida e das camisetas coloridas é “ilustrar a diversidade da sociedade”. “Independentemente dessas diversidades, as diferenças devem ser respeitadas”, disse à Agência Brasil.
Utilizando o esporte como meio de integração, a secretaria pretende discutir o preconceito racial, sexista, religioso, contra homossexuais e contra pessoas com deficiência. “O esporte é para todos, tem esse caráter social”.
Uma das participantes da corrida foi Adalgiza da Silva, 47 anos, que trabalha em uma confecção infantil, e disse ter adorado participar do evento. Ela também destacou o tema da corrida: “É muito importante as pessoas se conscientizarem”.
Bastante animado, Henry Fujimoto, de 11 anos, também participou. Em uma cadeira de rodas, Henry completou o circuito da prova – disputando ao lado da mãe Silvana de Melo Cruz Fujimoto. “Sempre faço caminhada, mas hoje a gente correu. Estou me sentindo nas nuvens. Pela primeira vez consegui correr”, contou Silvana. “Preconceito está por fora. Isso é coisa que não existe dentro de casa. E não tem que existir”, ressaltou.
O policial militar Antonio Carlos Araújo Pereira, 24 anos, conquistou a segunda posição na categoria masculina. “Gostei da prova. O tempo estava bom, apesar das ruas [estarem] um pouco molhadas”. “É uma boa ideia do pessoal fazer um evento esportivo para divulgar essa campanha contra o preconceito, já que é algo que está muito falado e vem ocorrendo muito nos dias de hoje”, acrescentou.
A vencedora da prova feminina foi a funcionária pública Rosana Balbino. “Cada corrida tenho como um treino. Participo e dou todo o máximo possível”, disse, ressaltando estar feliz por participar de uma prova contra o preconceito. “[O preconceito] é uma barreira que a gente tem que passar por cima, porque existe. Correr contra o preconceito foi algo maravilhoso. Precisamos deixar isso aí [o preconceito] de lado”.
Após a prova, a banda de reggae Tribo de Jah fez um show gratuito no Vale do Anhangabaú.
Edição: Carolina Pimentel
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