Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Rio Janeiro - A Festa do Divino, a mais tradicional celebração dos moradores de Paraty, no litoral sul fluminense, pode passar a ser protegida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A proposta será analisada amanhã (3), a partir das 10h, em Brasília, na mesma reunião do Conselho Consultivo do órgão federal que vai apreciar o tombamento do Edifício A Noite, o primeiro arranha-céu da América Latina, na Praça Mauá, no centro do Rio de Janeiro.
De acordo com o Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan, que avaliou a proposta, a Festa do Divino Espírito Santo tem a formação da sociedade brasileira, além de ser uma referência cultural dinâmica e de longa continuidade histórica”.
De origem portuguesa, a celebração do Espírito Santo começou a se disseminar no Brasil ainda no período colonial. Hoje está presente em todas as regiões do país, com variações em torno de uma estrutura básica: a folia, a coroação de um imperador, e o Império do Divino.
Em Paraty, a manifestação está profundamente enraizada no cotidiano dos moradores e agregou elementos ligados à história local. A festa, celebrada a cada ano, começa no Domingo de Páscoa, com o levantamento do mastro. Os rituais ocorrem ao longo da semana que antecede o Domingo de Pentecostes, celebrado 50 dias após a Páscoa. Para os moradores de Paraty, a Festa do Divino é mais aguardada do que o Natal.
De acordo com o Iphan, a partir do registro como patrimônio cultural do Brasil estão previstas medidas, propostas pela comunidade, para salvaguardar a Festa do Divino da histórica cidade do litoral sul fluminense. Entre elas, o incentivo ao turismo religioso e a melhoria nas condições de produção, reprodução e circulação desse bem cultural.
Edição: Aécio Amado
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