Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Peixarias, supermercados e pontos de vendas de chocolate passam por fiscalização rigorosa da Vigilância Sanitária municipal até este domingo (31). Desde quarta-feira (27), os fiscais estão atentos aos produtos mais vendidos nesta época: ovos de Páscoa e peixes, em decorrência do feriado que marca a ressurreição de Jesus Cristo para os católicos.
Mas na hora de preparar a comida, a médica veterinária da vigilância alerta que os consumidores não podem deixar de verificar as condições dos alimentos. Ela dá dica para a escolha de peixes: “É importante observar a viçosidade e o frescor; as guelras não devem ter coloração escurecida ou escamas saltando; o peixe não pode ter odor ruim e gosma, e a barriga não pode estar muito estendida nem encolhida”, disse, em nota.
Nos restaurantes, a vigilância também orienta os clientes a verificar as condições de higiene e limpeza. Os funcionários, acrescenta, devem usar toucas e estar uniformizados.
Os fiscais do órgão estiveram no Mercado do Produtor, na Barra da Tijuca, onde inspecionaram 23 boxes, restaurantes e pontos de venda de peixes. Sete foram multados e dois foram interditados, por falta de higiene e irregularidades na documentação. Um restaurante também foi multado e 28 quilos de pescado foram inutilizados por estarem impróprios para consumo.
Para auxiliar os consumidores, o órgão também dá dicas* para a escolha de outros produtos:
Bacalhau – Não compre bacalhau que tenha manchas rosadas ou vermelhas na superfície, o que indica contaminação por bactérias que se desenvolvem em produtos com alta concentração de sal. Rejeite também produtos com presença de insetos, larvas, fungos ou bolores (pequenos pontos pretos). O produto salgado deve ser armazenado em local seco e arejado.
Frutos do mar em geral – Os frutos do mar devem ser comercializados preferencialmente inteiros, para serem limpos e filetados na presença do consumidor. Após a compra, transporte-o rapidamente e acondicione-o sob refrigeração até o preparo. Não se deve colocar o produto sobre folhas (verduras), para decoração, pois há risco de contaminação para os alimentos.
Peixes – A carne deve estar firme e resistente à pressão dos dedos, com escamas brilhantes e bem aderidas à pele; olhos devem ocupar toda a órbita; guelras úmidas e intactas (nunca esverdeadas); ventre cilíndrico, sem inchaço ou flacidez.
Crustáceos – Camarões, siris e caranguejos devem ter cheiro próprio e agradável, carapaça aderida ao corpo. Camarões devem ser comercializados com cabeça e descascados somente na presença do consumidor, salvo no caso de terem sido embalados por uma indústria;
Moluscos – As ostras e os mariscos devem apresentar a concha fechada e retenção de água limpa em seu interior e serem consumidos preferencialmente cozidos. Lulas e polvos devem apresentar coloração arroxeada, pele lisa e úmida, carne elástica, com olhos vivos e salientes nas órbitas.
Azeite – Não adquira embalagens danificadas, enferrujadas, amassadas ou estufadas. O azeite deve ter consistência fluida, aroma e cor característicos. Observe se consta no rótulo os dados do fabricante, do país de origem, do estabelecimento produtor/importador, prazos de validade, data de fabricação e lote. A fraude mais comum é a mistura de azeite com óleo vegetal (soja).
Chocolate – Não adquira produtos com embalagem danificada, amassados, quebrados ou amolecidos; observe o rótulo, que deve conter marca, dados do fabricante, lista de ingredientes, lote, datas de fabricação e validade. Os chocolates são produtos isentos de registro no Ministério da Saúde, à exceção dos diet, com registro obrigatório.
*Fonte: Prefeitura do Rio de Janeiro
Edição: Denise Griesinger
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