Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O prefeito do Rio, Eduardo Paes, determinou hoje (26) a interdição do Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, após receber um laudo detectando problemas estruturais em sua cobertura.
Monitoramento de rotina realizado pelo Consórcio Engenhão, formado pelas empresas Odebrecht e OAS, constatou falhas na cobertura do estádio, que podem oferecer risco à segurança dos frequentadores em determinadas condições, como baixa temperatura e alta velocidade de vento, por exemplo.
O prefeito reuniu-se com os presidentes dos quatro maiores clubes de futebol do Rio – Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo – para informá-los sobre a decisão.
Segundo Paes, ainda não há prazo para a reabertura do estádio. "Nossa prioridade é a segurança da população. O Engenhão vai ficar fechado pelo tempo necessário e só reabrirá quando houver uma solução definitiva." Paes disse que pediu compreensão aos presidentes dos clubes e que se unam à prefeitura pela segurança dos torcedores. O prefeito ressaltou que o problema encontrado no Engenhão não se deve à manutenção, "completamente adequada", feita pelo Botafogo no estádio.
O presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, Rubens Lopes, está reunido, agora à noite, com os presidentes dos quatros maiores clubes do Rio para acertar o cronograma dos quatro jogos previstos para esta semana no Engenhão. O estádio poliesportivo fica em um antigo terreno da Rede Ferroviária Federal, no bairro do Engenho de Dentro, na zona norte do Rio.
Construído no governo Cesar Maia e de propriedade municipal, mas arrendado pelo Botafogo no ano de sua inauguração até 2027, o estádio foi erguido para sediar competições de atletismo e futebol dos Jogos Pan-Americanos de 2007. O arrendamento pode ser renovado de maneira unilateral por mais 20 anos.
O Engenhão, cuja capacidade atual é para mais de 46 mil pessoas sentadas, será ampliado para receber até 60 mil espectadores, visando aos Jogos Olímpicos de 2016.
Edição: Nádia Franco
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