Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Deposto ontem (24) da Presidência da República Centro-Africana, François Bozizé fugiu do país em direção a Camarões. Ele deixou o país, após rebeldes terem tomado a capital Bangui. A presença de Bozizé em Camarões foi confirmada em comunicado oficial. O domínio dos rebeldes ocorreu depois de três dias de confrontos sob liderança da coligação chamada de Seleka para derrubar Bozizé, a quem acusam de não respeitar os acordos de paz.
Para analistas internacionais, a iniciativa dos rebeldes caracteriza um golpe de Estado na República Centro-Africana. O líder dos rebeldes, Michel Djotodia, autoproclamou-se presidente do país e afirmou que vai respeitar os acordos de paz assinados em janeiro, em Libreville. Bozizé está em Camarões, mas a família dele foi recebida na República Democrática do Congo.
A União Africana (UA) anunciou hoje (25) a suspensão da República Centro-Africana da organização e impôs sanções a sete responsáveis do movimento Seleka. Os rebeldes estão proibidos de viajar para vários países africanos e terão os bens congelados.
A história política da República Centro-Africana é conturbada e marcada pela instabilidade. Ex- colônia da França, tornou-se independente em 1960. Em 1976, o então presidente Jean-Bédel Bokassa se declarou imperador. Foi deposto em meio a denúncias de violações de direitos humanos. Em 1979, o país voltou a ser uma República e o governo civil foi restaurado em 1986.
*Com informações da agência pública de informações de Portugal, Lusa
Edição: Denise Griesinger
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