Líder das Avós da Praça de Maio quer encontro com papa para falar sobre desaparecidos políticos

25/03/2013 - 16h50

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A líder da organização não governamental argentina Avós da Praça de Maio, Estela Carlotto, cobrou hoje (25) do papa Francisco manifestações sobre os desaparecidos políticos durante a ditadura militar no país (1976-1983). Segundo ela, o papa ainda não mencionou o assunto. A líder espera de Francisco gestos e ações. Também demonstrou que aguarda um convite para conversar com Francisco, que é argentino.

"Nós sempre queremos falar com ele [o papa]. Esperava sua convocação como máximo expoente da nossa Igreja [Católica Apostólica Romana] na Argentina. Mas nunca nos chamou", disse a líder referindo-se ao período que o papa era cardeal de Buenos Aires. "Eu digo isso com dor para que a situação se reverta e não para condenar. Ele nunca mencionou sobre nossos desaparecidos e netos que estamos procurando.”

A líder da organização disse ter esperança que o papa Francisco visite a Argentina para que as pessoas possam apertar a mão dele e conversar. "Nós temos confiança nele. Nós lhe desejamos boa sorte, que o Espírito Santo o ilumine. O papa é esperado por todo o mundo e desejamos um gesto dele para nos receber”, destacou.

Na Argentina, a organização Mães e Avós da Praça de Maio é ativa e referência local e internacional  no combate às violações de direitos humanos cometidas durante a ditadura no país. Às sextas-feiras, as mulheres, que usam lenços brancos na cabeça, reúnem-se na Praça de Maio – um dos cartões-postais de Buenos Aires para lembrar sua luta.

*Com informações da agência pública de notícias da Argentina, Telam

Edição: Carolina Pimentel


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