Da Agência Lusa
Brasília - O presidente de Chipre, Nicos Anastasiades, disse hoje (25) em discurso ao país transmitido ao vivo pela televisão que o acordo de resgate é “doloroso”, mas garantiu que a ilha vai recuperar.
Foram adotadas “decisões dolorosas para salvar o país da bancarrota”, assegurou, antes de manifestar a convicção de que a ilha do Mediterrâneo oriental “vai encontrar o seu rumo”.
O presidente conservador especificou que as prolongadas negociações com os credores internacionais foram “uma tarefa extremamente difícil e com um único objetivo, garantir a salvação do nosso país através da consolidação e reestruturação do nosso sistema bancário”.
“Foram horas muito difíceis, e por vezes ocorreram momentos dramáticos […] Chipre estava à beira do colapso econômico. As nossas escolhas não foram fáceis e o ambiente não era o ideal”, disse Anastasiades.
Na madrugada de domingo para segunda-feira, após longas horas de negociações, os ministros das Finanças do Eurogrupo anunciaram um acordo com o presidente cipriota para a aplicação de um plano de resgate no país, confrontado com uma grave crise econômica e financeira.
Para além de uma ampla reestruturação do setor bancário, com pesadas consequências para os dois principais bancos, as autoridades cipriotas vão assinar nas próximas semanas com a Troika (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) um protocolo de acordo que prevê reformas estruturais, privatizações e aumento do imposto sobre as empresas, de 10% para 12,5%.
Em troca, será fornecida uma ajuda de 10 bilhões de euros, provenientes sobretudo do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), mas ainda com uma contribuição do Fundo Monetário Internacional (FMI), ainda a ser determinada.