Aldeia Maracanã: polícia imobiliza e leva gestante

22/03/2013 - 10h54

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O clima segue tenso no prédio do antigo Museu do Índio, ocupado desde 2006 por índios de diversas etnias. Uma mulher grávida acaba de ser cercada e imobilizada por Policiais do Batalhão de Choque que, mesmo sob protestos, a colocaram em um camburão. A PM não informou qual seria o destino da mulher

O imóvel será desocupado ainda hoje (22), por ordem da Justiça Federal, a pedido do governo do estado do Rio de Janeiro, que deseja reformar o local para receber o Museu Olímpico.

Há pouco, o índio Aron da Providência, da etnia Guajajara, que tinha sido algemado e detido pelos policiais mais cedo foi liberado. Ele dá apoio a dezenas de pessoas, índios e manifestantes, em solidariedade, que se recusam a sair do prédio.

Eles também se recusam a negociar uma saída pacífica com as autoridades e seguram faixas com os dizeres: “Não passarão”. A Secretaria Estadual de Assistência Social ofereceu três opções de lugar para abrigar os índios e também aluguel social.

A Avenida Radial Oeste, uma das principais da cidade, que passa ao lado do antigo museu está parcialmente interditada e tem apenas uma faixa acessível aos carros, no sentido centro.

No início da manhã os policiais responderam com bombas de gás lacrimogêneo e jogaram spray de pimenta nos manifestantes, que foram retirados à força do meio da via.

Oficiais de Justiça chegaram ao local por volta das 8h, com o documento de imissão de posse deferido pela Justiça Federal a pedido do governo do estado.

Acompanhados de integrantes do governo, de deputados estaduais e vereadores, eles tentam convencer os índios e demais ocupantes do antigo museu a saírem pacificamente.

 

Edição: Denise Griesinger

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