Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A balança comercial brasileira fechou fevereiro com déficit de US$ 1,276 bilhão, pior resultado para o mês desde o início da série histórica. Anteriormente, o resultado mais fraco havia sido déficit de US$ 1,1 bilhão em fevereiro de 1997.
As aquisições do Brasil ficaram em US$ 16,827 bilhões contra US$ 15,551 bilhões em vendas externas. Os dados foram divulgados hoje (1°) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A série histórica usada para comparação é do Banco Central e começou em 1959.
As exportações recuaram 8,9% em comparação fevereiro de 2012 e cresceram 19% na comparação com mês passado, levando em conta a média diária das vendas externas. As importações cresceram 8,8% na comparação com fevereiro do ano passado e registraram elevação de 2,8% na comparação com janeiro deste ano. As vendas externas recuaram em função da queda no comércio de produtos manufaturados e semimanufaturados, pois as exportações de básicos ficaram estáveis.
De acordo com dados do MDIC, as vendas de manufaturados recuaram 14,4%, principalmente em função de óleos combustíveis, máquinas para terraplanagem, motores e geradores elétricos e automóveis de passageiros, entre outros.
No grupo dos semimanufaturados, cujo desempenho global recuou 17%, tiveram retração as vendas de óleo de soja bruto, ferro fundido, alumínio bruto, semimanufaturados de ferro e aço e ligas de ferro. As negociações de produtos básicos tiveram recuo inexpressivo de 0,1%. Nessa categoria, caíram as vendas petróleo bruto, fumo em folhas e café em grãos, e subiram as de milho em grão, carne bovina e carne de frango na comparação anual.
O Brasil perdeu terreno em alguns dos principais mercados para onde exporta. As vendas para os Estados Unidos recuaram 25,4% em comparação fevereiro do ano passado. O comércio com a União Europeia recuou 18,3% e com o Mercosul, 17,2%, principalmente em função de queda de 20% nas vendas para a Argentina. Por outro lado, cresceram as exportações para o Oriente Médio (30,2%), Europa Oriental (22,2%) e Ásia (10,7%, com aumento de 2,3% nas vendas do Brasil para a China).
Edição: Fábio Massalli
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