Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O déficit da balança comercial em fevereiro era esperado e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mantém a previsão de recuperação a partir de abril, informou hoje (1°) a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres. Segundo ela, ainda é aguardada a compensação de importações de combustíveis e derivados que ficaram mais lentas após mudança na regra da Receita Federal. A secretária destacou também que, em abril, começam as safras de milho e soja, que devem ter impacto positivo na balança.
A balança comercial registrou déficit de US$ 1,27 bilhão em fevereiro, pior resultado para o mês desde o início da série histórica. A secretária admitiu que o saldo negativo não se deve apenas a questões conjunturais, como a das importações represadas de combustíveis. “Um dos fatores é a entrada de combustíveis e derivados. Ainda há US$ 2 bilhões [em importações] para serem computados ao longo do primeiro quadrimestre, segundo avaliação da Petrobras. [Mas] vivemos ainda um momento de crise. As exportações de todas as categorias caem para todos os mercados”, disse, em coletiva de imprensa para comentar os resultados mensais.
Conforme Tatiana Prazeres, mesmo com a queda nas vendas de diversos produtos e perda de mercados no exterior, “há sinais positivos” para o comércio exterior brasileiro. “Há alguns sinais positivos como a recuperação do minério de ferro, cujo preço subiu 6,6% em relação a fevereiro de 2012. Temos também a perspectiva de uma safra bastante positiva de milho e soja. Chamo a atenção ainda para a recuperação da economia americana e a diversificação dos mercados [para onde o Brasil exporta]. Há avanço nos países asiáticos, além da China, e elevação do comércio com a África”, disse.
A secretária destacou o fato de que as exportações caíram 8,9% ante fevereiro do ano passado, mas cresceram 19% na comparação com janeiro deste ano. De acordo com ela, o resultado de março ainda pode vir deficitário. Tatiana Prazeres reiterou que o governo espera exportação em patamar elevado este ano, mas não estabelecerá uma meta.
Edição: Carolina Pimentel
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