Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, quer melhorar a qualidade dos alimentos consumidos pela população mais pobre, em especial os que são fornecidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos.
O objetivo foi anunciado hoje (27) pelo novo secretário, Arnoldo de Campos. Ele também informou que a secretaria pretende trabalhar com outros órgãos do governo para aumentar o acesso à água da população do Nordeste e de outras áreas afetadas pelas secas.
Ao participar de reunião plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Campos disse que é preciso fazer o cultivo com menor quantidade de agrotóxicos e defensivos agrícolas, pois esses produtos "são usados em larga escala no país e afetam a saúde da população, especialmente dos mais pobres, que não têm condições de comprar alimentos de melhor qualidade".
"O combate à fome deixou de ser um desafio, uma vez que, nos últimos dez anos, houve melhora de emprego e de renda pelas iniciativas do governo em torno de novas políticas públicas, o que reduziu bastante o quadro da miséria que havia no país", ressaltou Campos.
A secretaria também quer trabalhar para a redução da obesidade entre a população carente, informou Campos. "Apesar de ser um problema mundial, a obesidade aparece nas cidades mais pobres porque o povo tem menos possibilidade de acessar alimentos de qualidade, por serem mais caros. Eles também não têm acesso a equipamentos para a prática de esportes de forma a garantir uma vida mais saudável", acentuou.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, presente ao encontro, destacou a expansão, nos últimos anos, da construção de cisternas no Semiárido, prometendo que a política vai continuar porque é estratégica e prioritária para o ministério. Está na pauta do ministério também a ampliação do Programa de Aquisição de Alimentos para que favoreça também a venda do produto nos assentamentos, disse Tereza.
Também presente ao encontro, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, destacou que, apesar dos avanços na agricultura familiar nos últimos dez anos, ainda há muito o que fazer em termos de segurança alimentar e de nutrição. Ele lembrou que os trabalhadores que estão acampados têm direito de aderir ao cadastro único do governo federal para terem acesso às políticas públicas.
Edição: Davi Oliveira//Matéria alterada às 17h49 para ajustes no texto
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