Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – As instituições financeiras pagarão menos ao Banco Central (BC) para cobrir eventuais buracos no caixa. A autoridade monetária reduziu as taxas das linhas de redesconto e das linhas cobradas das instituições que não conseguem recolher o compulsório mínimo exigido.
De acordo com o BC, os custos das linhas de redesconto e de compulsório são periodicamente revisados, e as mudanças foram necessárias para ajustar as taxas à nova realidade de juros baixos da economia.
Em relação ao redesconto, as taxas das operações de um dia útil cairão de Selic mais 6% ao ano para Selic mais 1% ao ano. A taxa das operações de até 15 dias úteis passará de Selic mais 4% ao ano para Selic mais 2% ao ano. Os novos juros entrarão em vigor dois dias úteis depois da publicação no Diário Oficial da União.
Em relação às linhas para as instituições que descumprem o compulsório (quantia que os bancos são obrigados a recolher ao Banco Central), o BC reduziu a taxa de Selic mais 14% ao ano para Selic mais 4% ao ano. Os juros são cobrados sobre a diferença não recolhida. A mudança valerá a partir de 3 de abril.
Nas operações de redesconto, os bancos são socorridos temporariamente pelo Banco Central quando a demanda de recursos depositados não cobre as necessidades de caixa. As linhas de descumprimento de compulsório têm caráter punitivo para as instituições que persistentemente não respeitam o limite mínimo de recolhimento exigido pelo BC.
O Banco Central também simplificou o recolhimento do compulsório sobre depósitos à vista. Hoje, os bancos apuram quanto têm de recolher, mas repassam o dinheiro três dias antes de encerrarem os cálculos. Agora, o recolhimento só será feito depois da conclusão dos cálculos. A mudança valerá a partir de 15 de abril.
Edição: Davi Oliveira
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