Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apelou ontem (12) para que o Congresso adote uma lei mais "abrangente" sobre o sistema de imigração no país. Segundo ele, as mudanças devem ocorrer "nos próximos meses". Apesar de a imigração latina ser uma das mais expressivas nos Estados Unidos, Obama não mencionou diretamente a América Latina nem seus imigrantes na região.
"Nossa economia é mais forte quando usamos os talentos e a criatividade dos imigrantes cheios de esperanças", ressaltou Obama, lembrando que a reforma necessitará de "uma segurança sólida das fronteiras oferecendo um caminho [em direção à cidadania]".
No final de janeiro, oito senadores – quatro aliados de Barack Obama e quatro republicanos – apresentaram um texto preliminar sobre a regularização da naturalização. O texto abrangeria cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais residentes nos Estados Unidos.
Durante o discurso, o primeiro de seu segundo mandato, Obama se referiu à América Latina apenas para expressar sua intenção de "completar as negociações para um Acordo de Parceria Trans-Pacífico", que criará uma área de livre comércio com a Ásia e o Pacífico, incluindo o Chile, Peru e México.
Obama citou ainda o México para destacar que "a América está se recuperando postos de trabalho de seu vizinho do Sul”. Em relação à política externa, o presidente dedicou a maior parte de seu discurso às crises no Oriente Médio e às ameaças de testes nucleares da Coreia do Norte, assim como o programa nuclear do Irã.
*Com informações da emissora multiestatal de televisão, Telesur e da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Talita Cavalcante