Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os estudantes estrangeiros interessados em estudar no Brasil devem procurar a repartição consular do Brasil nos seus países com os documentos pessoais, um comprovante (carta ou declaração) de que foi aceito pela instituição de ensino Brasil e outro de que tem meios de se sustentar no Brasil. No caso dos que têm menos de 18 anos, são necessárias autorização e indicação do responsável no Brasil - com assinatura reconhecida em cartório.
O Ministério das Relações Exteriores informou que não há restrições para a emissão de vistos e que podem ingressar no país estrangeiros interessados em cursar desde o ensino fundamental e médio até cursos técnicos e de idiomas. É necessário, no momento de encaminhar a solicitação à área consular, informar a duração do curso.
Uma série de exigências é feita conforme o curso a ser escolhido pelo estudante estrangeiro, variando no caso das áreas de graduação e pós-graduação. Se o estudante pertence a uma ordem religiosa, além dos documentos específicos, deve ser apresentada carta que comprove a aceitação em instituição de ensino religioso que funcione regularmente no Brasil.
O visto pode ter validade de até um ano e pode ser prorrogado por igual período, sucessivas vezes, enquanto durar o curso. O pedido de prorrogação deve ser feito no Departamento de Polícia Federal ou no protocolo geral do Ministério da Justiça até 30 dias antes do término da estada.
Há seis meses no Brasil, o estudante de arquitetura da Universidade de Brasília (UnB) o tcheco Jindra Tomasek, 24 anos, disse que escolheu a cidade por representar uma referência na área que irá trabalhar. “Estudar no Brasil vai acrescentar muito no meu curso. A arquitetura brasileira é muito conhecida e apreciada. Eu também tinha muita vontade de conhecer o Brasil”, disse.
O italiano Pietro Vaglietti, 26 anos, disse que veio ao Brasil para fugir da crise econômica internacional que atinge a Europa, principalmente os países da zona do euro (que adotam a moeda única). “Escolhi o Brasil para fazer uma experiência diferente e por curiosidade em conhecer uma nova cultura, um novo jeito de viver. A crise está em toda a Europa. Os jovens estão pensando em fazer uma experiência fora para tentar entender a crise mesmo porque se você não vive fora [da Europa] pensa que essa crise é normal”, ressaltou.
Edição: Lílian Beraldo
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