Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O secretário-geral para os Assuntos Políticos da Organização das Nações Unidas (ONU), Tayé-Brook Zerihoun, disse hoje (7) que a insegurança e a impunidade são “problemas sérios” na Guiné-Bissau. Em comunicado, a ONU menciona os esforços para normalizar a situação no país africano, mas adverte que ainda há sinais de instabilidade.
"Há um clima geral de medo, resultante dos recentes casos de espancamento, tortura e intimidação que continuam a restringir a liberdade de reunião e de informação", disse Tayé-Brook Zerihoun.
O comunicado lembra o golpe de Estado de 12 de abril de 2012 e "incidentes recentes" como "um ataque a uma base militar em outubro o qual resultou em várias mortes". Segundo Tayé-Brook Zerihoun, houve prisões de funcionários do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (Uniogbis) que constataram "condições inadequadas de detenção", além da falta de acesso a cuidados médicos e à alimentação e de água potável.
Zerihoun acrescentou que, "embora a restauração da ordem constitucional por meio de eleições" seja uma prioridade, a comunidade internacional "deve também apoiar os esforços visando ao combate à impunidade durante o período de transição e a médio e longo prazos, para uma estabilidade sustentável".
Em outubro de 2012, uma suposta tentativa de ataque a um quartel de elite na Guiné-Bissau provocou seis mortes. O país é governado por autoridades de transição, depois do golpe de Estado de 12 de abril de 2012, que depôs os líderes eleitos.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Juliana Andrade