Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse hoje (7) que há a intenção do governo de Santa Catarina de transferir presos do estado para unidades de segurança máxima do sistema prisional federal. Cardozo evitou dar detalhes sobre as negociações entre o ministério e o governo do estado, mas acrescentou que é possível também que ocorra o envio de policiais para Santa Catarina. O ministro informou que qualquer ajuda federal depende de solicitação do governador Raimundo Colombo.
“Há uma intenção de utilização dos presídios federais, o governo está analisando essa situação. É possível que o governador nos solicite encaminhamento de policiais e outras questões, mas isso anunciaremos no momento que estiver sendo feito, por razões de segurança pública”, disse a jornalistas após participar de cerimônia no Ministério da Educação.
Ontem (6), o ministro da Justiça e o governador de Santa Catarina se reuniram em Brasília e Cardozo pôs a Força Nacional de Segurança Pública, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal à disposição do estado. Além disso, disse que, se houver necessidade de transferência de presos envolvidos nos atentados para presídios nacionais de segurança máxima, existem cerca de 300 vagas disponíveis.
Segundo José Eduardo Cardozo, serão feitas análises diárias da situação em Santa Catarina para, a partir daí, analisar as ações necessárias. “Disponibilizei vagas nos presídios federias de segurança máxima na medida em que ele [governador Raimundo Colombo] necessitar para que possamos trazer líderes de organizações criminosas que estão comandando ações de dentro dos presídios catarinenses. Marquei a possibilidade de, a qualquer momento, fazermos reuniões com nossas equipes técnicas para que, a partir da solicitação do estado, possamos apoiar no que for necessário”.
Os atos de violência no estado ocorrem desde o último dia 30, com a prisão de 30 pessoas. O delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Aldo Pinheiro D’Ávila, confirmou hoje que a ordem para os ataques de violência no estado partiu de criminosos encarcerados.
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Edição: Juliana Andrade
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