Campanha no Rio distribui pulseiras para identificação de crianças no carnaval

07/02/2013 - 17h38

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, em parceria com a Fundação para a Infância e Adolescência, distribuiu cerca de 40 mil pulseiras de identificação para evitar que crianças se percam dos pais durante as festas de carnaval. A campanha ocorreu no Terminal Rodoviário Novo Rio, na zona portuária da capital fluminense.

Foram distribuídos ainda panfletos com orientações sobre como identificar as crianças e adolescentes por meio de pulseiras, crachás ou documentos. Segundo a assistente social da fundação, Luciana dos Santos, aumenta o número de desaparecimentos de crianças durante o carnaval, férias e na virada do ano em locais com grandes aglomerações.

A iniciativa teve o apoio de um grupo de mães de crianças e adolescentes desaparecidos que fazem parte do SOS Crianças Desaparecidas, programa desenvolvido pela fundação. Atualmente, 439 crianças estão desaparecidas no Rio de Janeiro, segundo o programa. Do total, 408 já devem ter chegado à maioridade. Em 17 anos, 2.707 crianças e adolescentes foram localizados pelo programa, 85% do total de casos recebidos.

Em 29 de maio de 2008, o filho de Claúdia, Rodrigo de Melo Silva, desapareceu, na época com 16 anos. Ainda hoje, a mãe busca informações sobre o filho.  “Eu sai do culto, fui para casa e perguntei pelo Rodrigo. Foi quando, não o encontrei. Nesse dia estive em cinco IMLs [Instituto-Médico Legal]. Eu sinto que meu filho está vivo, tenho certeza que vou encontrá-lo. Por mais que as pessoas digam o contrário, que meu filho está morto, já são quatro anos de buscas, o que eu puder fazer eu vou fazer para encontrar meu filho", contou.

Se alguém quiser denunciar o desaparecimento de uma criança, pode entrar em contato pelo telefone (21) 2286-8337 ou pelo site www.fia.rj.gov.br.

Edição: Carolina Pimentel

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil