Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na pesquisa Sondagem da Construção, apresentou queda de 3,3%, no último trimestre de 2012, superior à de 3,1% registrada no trimestre encerrado em novembro.
Entre os segmentos em que a confiança caiu um pouco mais estão os de preparação de terreno (de -6,8% para -7,8%) e construção de edifícios e obras de engenharia (de -2,4% para -2,7%. Em compensação, melhorou a percepção em obras de infraestrutura para engenharia elétrica e de telecomunicações (de -9,9% para -7,6%) e em obras de acabamento (de 0,2% para 2,7%).
O Índice da situação Atual (ISA) apresentou queda de 3%, ante -2,8%. O que mais influenciou esse resultado foi o quesito situação atual dos negócios que, em novembro, tinha apresentado queda de -3,1% e, em dezembro, passou para -5,8%. No caso do Índice de Expectativas (IE-CST), a variação passou de -3,4% para -3,5%.
Das 701 empresas consultadas, 28,5% consideraram o momento como bom, percentual menor do que o registrado em igual período de 2011 (34,8%). Para 10,6%, a situação estava ruim no trimestre encerrado em dezembro, ante 9,7%.
Na apuração sobre a tendência dos negócios nos seis meses seguintes, houve queda de 1,9% ante -1,6%. Caiu de 42,9% para 39,8% o universo de empresas que preveem aumento da demanda. Já 5% acham que haverá queda, proporção menor do que no levantamento anterior (5,4%).
Os técnicos da FGV alertam que, embora a pesquisa tenha apresentado uma piora pontual, na comparação com as de trimestres anteriores ao longo do ano, há uma gradual recuperação da confiança dos empresários. No primeiro trimestre, o índice foi negativo em 6,6%. No segundo, o índice ficou em -9,5%; no terceiro, em -7,8%; e no quarto, em -3,3%.
Edição: Juliana Andrade