Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Apesar da decisão dos líderes dos partidos no Senado e na Câmara dos Deputados de não votar nenhuma pauta conjunta até que seja definida a votação dos vetos presidenciais, o relator do Orçamento Geral da União, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que concluirá seu relatório ainda neste ano. “Vamos votar o Orçamento na Comissão Mista de Orçamento. Vamos deixar pronto o Orçamento", disse Jucá. Com isso, a peça orçamentária ficará aguardando apenas a votação do plenário do Congresso Nacional, no próximo ano.
O relator disse que respeita a decisão dos líderes, mas discorda dela. “Eu defendo que o Orçamento seja votado. É fundamental para o país." Jucá ressaltou que haverá despesas "incomprimíveis" a partir de janeiro. "Mais do que isso: é preciso retomar os investimentos para que o PIB [Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos no país] possa crescer, para que possamos elevar o nível de empregos. O Orçamento federal trata de investimento direto e também de investimentos das estatais. Eu destaco a importância dessa peça para o Brasil e a importância de que ela seja votada.”
Segundo o senador, algumas questões ligadas aos grandes eventos que o Brasil receberá no ano que vem, como a Copa das Confederações, podem ficar comprometidas. Ele explicou que existem despesas que são feitas para os grandes eventos, como as de segurança, por exemplo, que vão ficar aguardando a votação do Orçamento. A primeira reunião do Congresso deverá ser no dia 5 de fevereiro, após o recesso parlamentar.
Os líderes decidiram suspender as votações do Congresso depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux determinou que os vetos presidenciais ao projeto que trata da redistribuição dos royalties do petróleo só poderiam ser analisados após a votação de todos os mais de 3 mil vetos que estão pendentes de análise. Os parlamentares entenderam que a decisão tranca a pauta para todas as votações e decidiram só retomar o assunto no próximo ano.
Edição: Nádia Franco