Atualizada - Música, simplicidade e aplausos marcam adeus a Niemeyer em cemitério da zona sul do Rio

07/12/2012 - 20h10

Nielmar de OLiveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Ao som das músicas Cidade Maravilhosa e Carinhoso, executadas pela Banda de Ipanema, o corpo do arquiteto Oscar Niemeyer foi sepultado em um simples carneiro (sepultura perpétua), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul da capital fluminense. Eram exatamente 18h. Ao mesmo tempo, alguns comunistas, amigos do arquiteto, faziam a chamada nominal de Niemeyer e respondiam: “Presente”. Em seguida passaram cantar a Internacional, hino da Internacional Socialista.

Ao longo de todo o dia, centenas de pessoas, entre admiradores, curiosos, parentes e políticos estiveram no Palácio da Cidade, local do velório, para prestar a última homenagem àquele que era considerado o maior arquiteto vivo da história da humanidade.

Os primeiros a chegar, logo pela manhã, foram o governador Sérgio Cabral, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o vice-governador, Luiz Fernando Pezão. Também lá estiveram, o governador de Minas Gerais, Antônio Anastazia e o arquiteto Jaime Lerner.

Foram enviadas ao velório cerca de 50 coroas de flores, inclusive as dos irmãos Fidel e Raul Castro, líderes cubanos. Fidel Castro escreveu na coroa de flores “Ao incondicional amigo de Cuba, Oscar Niemeyer”.

Os portões do Palácio da Cidade foram fechados ao público às 15h, quando teve início um culto ecumênico na presença de parentes, amigos e do prefeito Eduardo Paes. Ateu e comunista convicto, a cerimônia religiosa foi celebrada por representantes de várias religiões.

O corpo de Oscar Niemeyer deixou o Palácio da Cidade, onde foi velado, em um caminhão do Corpo de Bombeiros, às 17h15. Batedores fecharam parcialmente as ruas São Clemente, Real Grande e General Polidoro. Ao chegar ao Cemitério São João Batista, o cortejo fúnebre foi aplaudido por dezenas de pessoas, além de parentes e amigos.

 

Edição: Aécio Amado