ONU, CPLP e União Africana devem atuar em missão na Guiné-Bissau, sete meses após golpe militar

13/11/2012 - 12h28

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil


Brasília – Uma missão formada por representantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da União Africana (UA), da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) e da Organização das Nações Unidas (ONU) aguarda orientações para seguir para uma ação conjunta na Guiné-Bissau. O país vive sob tensão desde o golpe militar ocorrido há sete meses.

O presidente de Portugal, Cavaco Silva, conversou hoje (13) sobre o assunto com o secretário executivo da CPLP, Murade Muragy. Após o encontro, Cavaco Silva disse que o grupo está à espera das orientações da União Africana, que determinará os procedimentos da missão.

Em setembro, a ONU decidiu enviar à Guiné-Bissau uma missão para avaliar a situação e recomendar medidas de estabilização. Desde o golpe militar, em abril, um governo de transição administra o país. A prioridade para a ONU é restabelecer a ordem das instituições democráticas.

Há informações de que, no fim deste mês, as autoridades de Guiné-Bissau se reunirão para definir os rumos do país, na Etiópia. Ao ser perguntado sobre o papel da CPLP na missão, Murade Muragy disse que o objetivo é “dar as condições que os guineenses entenderem necessárias para o diálogo”.

A tensão na Guiné-Bissau também é tema de reunião entre os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e de Angola, Georges Chikoti, durante a 1ª Comissão Bilateral de Alto Nível, em Brasília, hoje e amanhã (14).


*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa //

Edição: Juliana Andrade