Iolado Lourenço e Ivan Richard
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O vice-líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), irmão do ex-presidente do PT, José Genoíno, saiu hoje (12) em defesa do irmão, que foi condenado como réu da Ação Penal 470, o processo do mensalão, a seis anos e 11 meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa, além de 180 dias-multa de dez salários mínimos cada (R$ 468 mil em valores não atualizados).
A pena ainda pode ser alterada pelos ministros do Supremo, mas inicialmente deve ser cumprida em regime semiaberto porque ficou abaixo de oito anos. Para Guimarães, apesar da condenação, Genoíno é inocente. “Se existirem três pessoas honestas no Brasil, Genoíno é uma delas”, disse. Segundo ele, o ex-presidente do PT é de origem pobre e, mesmo que vendesse a casa onde mora, não teria condições de pagar a multa fixada pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Nem se vender a casa que mora [no bairro paulista] no Butantã, ele não terá como pagar essa multa. A gente é de família pobre, cresceu no Ceará tomando leite de cabra. Ele vai lutar em todas as esferas do Judiciário para provar sua inocência. Se o PT fizer vaquinha, serei o primeiro a entrar na cota”, declarou Guimarães.
Em relação à corrupção ativa de parlamentares da base aliada, a maioria dos ministros seguiu o voto de Joaquim Barbosa, para fixar pena de quatro anos e oito meses de prisão, além de 180 dias-multa de dez salários mínimos cada (R$ 468 mil em valores não atualizados). A faixa de punição para corrupção ativa é dois a 12 anos de prisão.
Edição: Aécio Amado