Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Projeto Liberdade Qualificada, realizado por meio de uma parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), vai oferecer cursos de qualificação básica para 300 presidiárias da Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza e da Penitenciária Feminina Nelson Hungria, ambas no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio.
Os primeiros cursos, nas áreas de estoque e armazenagem e técnicas de garçom, começaram esta semana. Inicialmente, o projeto será composto por quatro turmas de 20 alunas cada, com três horas diárias, três vezes por semana, de novembro de 2012 a abril de 2013. Ao final do programa, as detentas receberão um cerificado sócio-profissional.
De acordo com a coordenadora de Responsabilidade Social do Senac, Ana Paula Nunes, as atividades são uma forma de inserção na sociedade e no mercado de trabalho. "Mais do que uma qualificação profissional, o projeto é uma inclusão social. O mesmo curso que é aplicado nas unidades do Senac, é feito no presídio. Nós sabemos que ao sair da prisão, existe muito preconceito para contratação de um presidiário. Nós queremos facilitar esse processo, para que elas possam voltar ao mercado de trabalho e recuperar sua autoestima por meio de iniciativas como essas," explicou.
Ontem (7), foi realizada a aula inaugural nos presídios, com oficinas nas áreas de design, gastronomia, gestão e beleza. O trabalho é realizado com mulheres aguardando a sentença, podendo ser condenadas ou não e outras cumprindo final de pena.
Edição: Fábio Massalli