Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) estiveram nesta quarta-feira (31) nas instalações da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) Thyssen-Krupp, em Santa Cruz, na zona oeste da capital fluminense, verificando denúncia feita por moradores sobre um pó prateado expelido pela fábrica que atingiu casas do entorno. A chuva de prata é um material em partículas, proveniente da produção de ferro-gusa, que já atingiu as moradias da região diversas vezes.
A presidenta do Inea, Marilene Ramos, vai divulgar o resultado da vistoria feita nas instalações da CSA. Caso seja constatada a reincidência de crime ambiental, o órgão anunciará as medidas a serem adotadas contra a empresa.
A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) explicou, em nota, que com o tempo seco e as rajadas de vento de ontem de manhã, o sistema que deixa o grafite úmido "não foi suficiente para impedir a suspensão das partículas".
Em agosto de 2010, o Inea multou em R$ 1,8 milhão a CSA por poluir o ar no entorno da siderúrgica com pó de prata. Em janeiro de 2011 - após outro acidente -, a siderúrgica voltou a ser multada, desta vez em R$ 2,8 milhões. Além disso, a CSA foi obrigada a pagar uma compensação indenizatória de R$ 14 milhões, que vêm sendo investidos em obras na região, nas áreas de saúde, controle de inundação e ressarcimento aos pescadores da Baía de Sepetiba.
Em abril de 2012, a companhia assinou um termo de ajustamento de conduta (TAC) com a Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) e o Inea. A CSA assumiu o compromisso de modernizar o processo de produção para evitar novos danos ao meio ambiente na região.
Edição Aécio Amado