Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Os metroviários de São Paulo decidiram hoje (23), em assembleia da categoria, acatar a proposta do Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e não fazer greve. Em audiência no Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP), durante a tarde, o Metrô propôs retornar ao critério usado no ano passado no que se refere à participação nos lucros e resultados (PLR), item que travava as negociações.
Segundo a proposta aceita, os trabalhadores vão receber como PLR uma parcela fixa de R$ 3.251, além de 40% do salário nominal, garantido o mínimo de R$ 4.140. O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários em São Paulo chegou a insistir, na reunião da tarde, em sua proposta, em que a PLR seria igual para todos os empregados.
O Metrô ainda se comprometeu a solucionar, por meio de acordo coletivo, questões relacionadas a jornadas de trabalha e intervalos, assim como a equiparação salarial dos empregados admitidos de maio de 2011 a abril de 2012.
No começo do mês, os trabalhadores adiaram por 20 dias o início de uma possível greve depois de reunião no TRT-SP. Na ocasião, ficou acertado que a empresa deveria apresentar nova proposta aos trabalhadores.
Diariamente, 4,3 milhões de pessoas usam as cinco linhas do metrô de São Paulo, que tem 74,2 quilômetros de extensão, de acordo com a assessoria de imprensa do órgão. Uma das linhas (4 – Amarela), no entanto, é operada por uma concessionária. Em maio deste ano, a interrupção do funcionamento do metrô paulistano provocou tumulto e quebra-quebra na zona leste, a mais populosa da capital. A paralisação provocou congestionamento recorde na cidade.
Edição: Fábio Massalli